#Inquietações_teóricas
Resumo: Psicologia do Esporte implica no estudo sobre o comportamento humano no contexto esportivo. A Psicologia Social do Esporte estuda o comportamento de indivíduos e no que ele é influenciado socialmente. Este estudo buscou investigar como se apresentam os fenômenos psicossociais da prática esportiva no desenvolvimento infantojuvenil. O presente artigo foi escrito a partir de uma pesquisa de natureza básica, descritiva, de análise qualitativa e quantitativa. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, tratou-se de uma pesquisa de levantamento. Participaram da pesquisa cinquenta atletas do público infantojuvenil. O procedimento da análise dos dados quantitativos se deu através de estatística descritiva; para os dados qualitativos, a análise se deu por categorização de respostas. Percebe-se a influência benéfica da prática esportiva, identificadas nas relações sociais, no processo de aprendizagem, bem como no processo de autoconceito do infantojuvenil. Sugere-se avançar nos estudos da Psicologia Social do Esporte, visto a complexidade do fenômeno esportivo.
Palavras-chave: Psicologia do Esporte; infantojuvenil; fenômenos psicossociais.
SPORT PSYCHOLOGY: PSYCHOSSOCIAL PHENOMENA CONCERNING SPORTS PRACTICE IN CHILD AND TEENAGER DEVELOPMENT
Abstract: Sport Psychology involves the study of human behavior in the context of sport. The Social Psychology of Sport studies the behavior of individuals and how it is socially influenced. This study sought to investigate how the psychosocial phenomena of sports practice are presented in the development of children and teenagers. This article was written from a basic research, descriptive, of qualitative and quantitative analysis. From the point of view of technical procedures, this was a survey research. Fifty child and teenage athletes participated in the research. The quantitative data analysis was done through descriptive statistics; for the qualitative data, the analysis was done by categorizing the answers. The beneficial influence of the sports practice is noted, identified in the social relations, in the learning process, as well as in the children’s self-concept process. It is suggested that studies of the Social Psychology of Sport should be furthered, given the complexity of the sporting phenomenon.
Keywords: Sports Psychology; children teenagers; psychosocial phenomena.
PSICOLOGIA DEL DEPORTE: FENÓMENOS PSICOSOCIALES DE LA PRÁCTICA DEPORTIVA EN EL DESARROLLO INFANTIL Y JUVENIL
Resumen: La psicología del deporte implica el estudio del comportamiento humano en el contexto del deporte. La Psicología Social del Deporte estudia el comportamiento de los individuos y cómo se ve influenciado socialmente. Este estudio buscó investigar cómo se presentan los fenómenos psicosociales de la práctica deportiva en el desarrollo de niños y adolescentes. Este artículo fue escrito a partir de una investigación básica, descriptiva, de análisis cualitativo y cuantitativo. Desde el punto de vista de los procedimientos técnicos, se trató de una investigación por encuesta. Participaron en la investigación 50 niños y adolescentes deportistas. El análisis de los datos cuantitativos se realizó a través de la estadística descriptiva; para los datos cualitativos, el análisis se realizó mediante la categorización de las respuestas. Se puede notar la influencia benéfica de la práctica deportiva, identificada en las relaciones sociales, en el proceso de aprendizaje, así como en el proceso de autoconcepto de los niños. Se sugiere avanzar en los estudios de la Psicología Social del Deporte, dada la complejidad del fenómeno deportivo.
Palabras clave: Psicología del Deporte; infantojuvenil; fenómenos psicosociales.
O esporte, considerado como um dos maiores fenômenos sociais da modernidade está cada vez mais presente na vida de crianças e adolescentes. A Psicologia do Esporte tem chamado, cada vez mais, a atenção dos profissionais da área, seja nas áreas de pesquisa, ensino ou clínica. A Psicologia do Esporte implica no estudo científico do comportamento humano no contexto esportivo. Através da teoria e das técnicas torna-se possível identificar aspectos do desenvolvimento humano, afim de potencializar as habilidades individuais e/ou potencialidades grupais, seja em esportes de alto rendimento, na prática recreativa do esporte e/ou na busca por qualidade de vida (Weinberg & Gould, 2008).
As contribuições da prática esportiva apontadas no meio social vão ao encontro do que a Psicologia Social nos apresenta. Para Lane (2006), a Psicologia Social é vista como uma área do conhecimento da psicologia que estuda a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais, com enfoque no estudo do comportamento e influência dos indivíduos na sociedade. Há estudiosos dedicados em escrever sobre a Psicologia Social do Esporte. Nesse sentido, compreende-se a amplitude desta área de conhecimento, ao considerar a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais, sobretudo, os fenômenos psicossociais da prática esportiva na fase do desenvolvimento infantojuvenil.
Como fenômenos psicossociais no contexto esportivo, citam-se: necessidades, percepções, opiniões, reações, influências, sentimentos, relacionamentos, comportamentos, autoconceito, dentre outros (Simões & Junior, 1999). Para estes autores, tais fenômenos se fazem presentes no desenvolvimento do infantojuvenil. Para a fase do desenvolvimento infantojuvenil considera-se criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e, adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos de idade (ECA, 2018). Sendo assim, para fins deste estudo considerou-se estas idades cronológicas para delimitação do termo infantojuvenil.
Para tanto, este estudo buscou investigar como se apresentam os fenômenos psicossociais da prática esportiva na fase do desenvolvimento infantojuvenil. Além de contribuir com os estudos científicos para a Psicologia, sobretudo para a Psicologia do Esporte, os resultados deste estudo também poderão ser úteis para a sociedade, ao olhar para tais fenômenos.
A pesquisa que deu origem a este artigo foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado e aprovada com o parecer consubstanciado nº 3.364.767. Foi escrito a partir de uma pesquisa de natureza básica, descritiva, de análise qualitativa e quantitativa e, encontra-se na área de Ciências Humanas. Buscou investigar como se apresentam os fenômenos psicossociais da prática esportiva na fase do desenvolvimento infantojuvenil ao analisar a influência da prática esportiva no comportamento social; na conduta moral; no estado de humor e, no desenvolvimento pessoal do infantojuvenil.
O procedimento da análise dos dados quantitativos se deu através de estatística descritiva. E para os dados qualitativos, a análise se deu por categorização de respostas, seguida de discussão teórica, ao considerar os elementos presentes na pesquisa. A ferramenta utilizada para a tabulação dos dados foi planilha eletrônica. A coleta de dados nesta pesquisa se deu através de aplicação de um questionário com questões abertas, fechadas e de múltipla escolha, elaborado pelas pesquisadoras. A escolha por este instrumento se deu por haver a interação entre as pesquisadoras, informantes e a pesquisa. A coleta dos dados foi realizada nos locais de prática esportiva do público infantojuvenil, de uma Fundação Municipal de Esportes, em uma cidade do Norte Catarinense. A aplicação foi de forma coletiva, presencialmente, acordado entre as partes, considerando a disponibilidade da amostra e, teve a duração de dois meses – julho à agosto de 2019.
Participaram da pesquisa cinquenta atletas do público infantojuvenil. Os critérios de inclusão para a pesquisa constituíram-se dos seguintes itens: aceitar participar da pesquisa; ter idade entre 7 e 17 anos; praticar atividade esportiva em qualquer modalidade oferecida pela Fundação Municipal de Esportes de uma cidade do Planalto Norte Catarinense e os responsáveis assinarem o Termo de Assentimento concordando que o menor participasse do estudo.
A seguir serão apresentados os dados quantitativos e qualitativos, extraídos a partir da aplicação do instrumento de pesquisa. As contribuições dos (as) participantes poderão aparecer neste capítulo através da sigla P (participante), seguido do número condizente com a posição de participação.
Na primeira tabela, os dados dizem sobre a influência da prática esportiva no contexto familiar.
Considerando que a amostra da pesquisa foi de 50 atletas, para 48 destes entende-se que a prática esportiva influencia no relacionamento com a família, ou seja, 96% do total. Para 4% da amostra – 2 atletas, as respostas mostram que não há esta influência.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, 1990), toda criança tem direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer. O artigo 4º do mesmo Estatuto evidencia o dever da família em assegurar e efetivar os direitos à vida da criança e adolescente.
Conforme os dados apresentados, a tabela 1 destaca como benéfica a influência da prática esportiva na Instituição Família. Condizente com Rubio (2010), o esporte é um bem cultural, um direito social e fator que contribui para o processo de desenvolvimento humano.
Ao olharmos para o ser humano – antes do “ser atleta” na dinâmica familiar, a literatura nos apresenta fundamentos inerentes aos dados apontados neste estudo. Para Becker (2000) o clima ideal na família seria aquele em que a criança fosse recebida sempre com afeto, após as competições, independente do resultado alcançado, ao ser amada como pessoa, e não pelo que faz dentro da competição. Estudos realizados por Silva e Fleith (2010) sobre os fatores familiares associados ao desenvolvimento do talento no esporte, apontam para uma mudança da rotina e da dinâmica familiar em função da escolha pela prática esportiva dos filhos.
Nesse sentido, as ocorrências apresentadas na tabela 1 fazem alusão sobre o suporte e a motivação que o atleta encontra na família. “Para isso, enfatiza-se a necessidade do diálogo entre os pais e os jovens atletas, com o objetivo de esclarecer o envolvimento exercido pelos pais e desejado pelos jovens” (Silva & Fleith, 2010). Compreende-se que este diálogo nos convida a olhar para o número de ocorrências sobre a comunicação.
A Tabela 2 mostra a influência da prática esportiva no contexto escolar. Para 43 atletas – 86% da amostra há esta influência.
Ao considerar o infantojuvenil (até 12 anos de idade – criança; entre 12 e 18 anos de idade – adolescente), ainda é importante olhar para o conceito de infância como fenômeno histórico – social. Ou seja, há necessidade de um olhar diferenciado, o que implica no respeito à subjetividade e o meio onde o Ser Humano em desenvolvimento está inserido (Ariès, 1981).
Compreende-se que a relação do indivíduo na sociedade leva em consideração seus valores, costumes, sua forma de organizar-se para a sobrevivência e convívio no coletivo, também na escolha da prática esportiva por crianças e adolescentes. Esta escolha pode ser vista como um caminho para a transformação e desenvolvimento do ser humano em suas relações grupais (Lane, 2006). Ao entender que o esporte pode ser visto como um facilitador no processo educacional, novamente a socialização e o processo de comunicação de crianças e adolescentes se faz presente nesta relação entre os pares, pois, o esporte pressupõe grupos, equipes, comunicação, liderança (Rubio, 2010).
Ao investigar a influência da prática esportiva sobre a conduta moral do atleta (Tabela 3), os dados se apresentam da seguinte maneira:
Nesta tabela, é possível observar que a prática esportiva pode ter grande influência sobre a conduta moral e ética dos atletas. De acordo com Rubio e Camilo (2019), o desenvolvimento de valores, ou, educação moral, é um processo complexo que ocorre em todos os aspectos da vida de crianças e adolescentes. Miranda e Bara Filho (2008) relatam que crianças e adolescentes podem desenvolver capacidades como: honestidade, disciplina, respeito, gentileza, dentre outros. Nesse viés, ao pesquisar sobre a conduta moral do infantojuvenil, (Garcia & Zaremba, 2017), defendem a importância social e pedagógica ao fundamentarem que a prática esportiva é um espaço de aprendizado de lições e valores. Ou seja, o esporte pode possibilitar encontros verdadeiros onde as pessoas respeitam as diferenças, limitações e habilidades, comportamentos estes possíveis de serem observados nas relações do infantojuvenil.
A seguir, os dados do estudo apontam a influência da prática esportiva no estado de humor dos atletas. Conforme se observa na tabela 4, 96% dos participantes dizem que a prática esportiva influencia no estado de humor e outros 4% dizem não perceber esta influência.
Para Weinberg e Gould (2008) o humor pode ser definido como uma série de estados afetivos transitórios, flutuantes que podem ser positivos ou negativos. É o que pode ser visto na tabela 4. Estudos realizados comprovam como benéfica essa mudança do humor, se relacionada ao exercício físico. É o que nos diz Biddle (2000), ao explicar que psicólogos e psiquiatras veem a prática esportiva como a técnica mais eficaz para mudar o mau humor. No mesmo estudo ainda há o relato da diminuição da fadiga e da raiva, clareza de pensamento, energia e bem-estar completo. Relato este que condiz aos resultados observados neste estudo.
Dentre outras questões inerentes à presente pesquisa, é importante ainda comentar a visão de Miranda & Bara Filho sobre o infantojuvenil em sua fase de desenvolvimento como um sistema complexo e funcional, em constante movimento (transformação) na busca da auto realização. Dessa forma, precisa encontrar o equilíbrio (homeostase). Deve-se então, compreender o ser humano em sua dinâmica funcional corpo e mente. Por isso, a importância em considerar o atleta como uma personalidade humana em estrutura energética contínua, o que resultará em comportamentos ou performance do atleta.
A partir do conceito de saúde, emitido pela Organização Mundial da Saúde, saúde é o estado mais completo de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade. Conforme Scliar (2007), compreende-se que este conceito implica na busca pela qualidade de vida do atleta neste contexto, respeitando-o em sua subjetividade diante do momento histórico-social. Com o propósito de olhar para os fenômenos psicossociais, a busca pela qualidade de vida de crianças e adolescentes possibilita a satisfação de suas necessidades básicas, através da prática esportiva. Por consequência, há evidências de que através dos exercícios físicos, atletas conseguem perceber seus níveis de ansiedade, estresse, depressão e raiva, além de possibilitar o autoconceito e elevação da autoestima (Berger & Mcinman, 1993).
Ao dar sequência nos estudos inerentes à prática esportiva do infantojuvenil, a tabela a seguir indica aspectos sobre o desenvolvimento pessoal. Houve o registro de 48 ocorrências – 96% da amostra, os quais relataram haver esta influência. E ainda, para 2 participantes – 4% não se percebe esta influência.
A prática esportiva leva o infantojuvenil a conhecer-se melhor, pois, ao desenvolvê-la, ele estará confrontando-se com seus limites, aprendendo a lidar com fracassos, bem como afirmando as suas potencialidades (UNESCO, 2013).
Visto que o autoconceito é fundamental para o desenvolvimento e ajustamento psicológico saudável em crianças, Gruber (1986) em seus estudos identificou mudanças positivas em programas de atividades esportivas para este público.
Ao se questionar, o infantojuvenil busca saber quem é, o que quer, do que é capaz. Ainda pode influenciar no desenvolvimento de habilidades gerais, experiência de diferentes emoções, enfrentamento de desafios, melhor autoestima, melhoria dos níveis de aptidão física, socialização (Miranda & Bara Filho, 2008). Esses conceitos, apontados como os mais importantes para o bem-estar psicológico, são inter-relacionados e dizem respeito a vida do atleta. Os benefícios psicológicos da prática esportiva do infantojuvenil também são descritos por Weinberg e Gould (2008) através da potencialização da confiança, estabilidade emocional, funcionamento intelectual, memória, percepção, autocontrole, dentre outros, retratados nesta pesquisa.
Através dos dados mensurados na tabela 6, é notório o significado do esporte para as crianças e adolescentes participantes do presente estudo.
Estes dados apresentados, manifestam o sentido do esporte para este público, os quais são correspondentes aos benefícios da prática esportiva aqui já evidenciados, sobretudo, tais relatos dizem sobre a Psicologia Social do Esporte e o desenvolvimento humano, conforme a seguir:
“Liderança, honestidade, empatia, ele me dá energia, segurança. Faço vários amigos, aprendo coisas novas, corro e me exercito mais e mais, também aprendo a trabalhos em grupo” (sic P25). “[…] representa superação, em diversos esforços, psicológicos, física e escolar. O esporte é minha rotina, é com ele que passei a ter mais responsabilidade, comprometimento e dedicação extrema e ações implicam diretamente em uma evolução pessoal dentro de cada atividade da minha vida. Ele também representa diversão, união e amizade, pois foi por meio dele que fiz novos amigos e acabei me tornando uma pessoa mais comunicativa” (sic P41).
Foi possível perceber que a prática esportiva é essencial na promoção do desenvolvimento humano, ao analisar os relatos dos participantes. Isso pode ser visto nas relações de amizade entre os grupos praticantes de atividade física, o que consequentemente impactam na saúde e na educação (CFP, 2018).
Finalizando o estudo, a tabela 7 revela os motivos de crianças e adolescentes buscarem a prática esportiva.
Os dados desta tabela corroboram com os apresentados por Weinberg e Gould (2008), no qual crianças e adolescentes têm várias razões para praticar esportes, não apenas um único motivo, como no relato a seguir: “Eu pratico esporte para vários motivos, mas principalmente pelo prazer que tenho de praticar esporte, também pelo motivo de manter a saúde boa. Há muitos outros motivos como influência, responsabilidade, etc.” (sic P19). E ainda, “Saúde; Disposição; Socialização; Autocontrole; Autoconhecimento” (sic P50) é o que revela o comentário deste participante.
O esporte é uma das poucas áreas da vida infantil na qual se pode participar intensamente de uma atividade que traz benefícios para as próprias crianças, para seus amigos, para a família e para a comunidade. A Psicologia do Desenvolvimento vê o período de desenvolvimento do infantojuvenil como uma fase crítica, pois compreende que durante essa fase, através da experiência esportiva, há importantes fatos que podem trazer efeitos para toda a vida, sobre a personalidade e o seu desenvolvimento psicológico (Weinberg & Gould, 2008).
Percebe-se também o papel das amizades e o relacionamento com pares como benéficos no desenvolvimento humano nesta idade, a partir da prática esportiva. Nesse sentido, fatores como o senso de aceitação, autoestima e motivação são identificados por Weinberg e Gould (2008). Estar em grupo, trocas de experiência e construção de novos aprendizados, confiança, apoio emocional, responsabilidades, dentre outros fatores também são citados pelo autor.
Sendo assim, outros relatos como: “Ter uma vida saudável, conhecer pessoas novas que tenha o mesmo ritmo que eu acostumo ter e a cada minuto e segundo descobrir cada vez mais quem realmente eu sou, no esporte cada dia mais percebo que o esporte já é uma rotina de minha vida” (sic P7). E ainda, “Eu sabia que ia me ajudar em vários aspectos da minha vida como me daria grandes novas amizades” (sic P41), foram possíveis de perceber no desenvolvimento infantojuvenil.
O esporte é visto como fenômeno social cada vez mais presente na vida de crianças e adolescentes. A Psicologia do Esporte por sua vez, olha para o infantojuvenil de forma dinâmica em suas relações, a partir da prática esportiva.
Ao iniciar os estudos, houve uma compreensão ainda maior desta área emergente da Psicologia, pois, foi possível olhar para o infantojuvenil através da Psicologia Social do Esporte. Nesse sentido, houve a leitura de que a prática esportiva contribui para o processo de desenvolvimento humano, educação e socialização de crianças e adolescentes, identificados pela amostra da pesquisa. Com isso, os objetivos deste estudo foram alcançados, ao responder de que forma os fenômenos psicossociais se apresentam para o infantojuvenil, a partir da prática esportiva.
Sendo assim, houve o entendimento da relevância deste estudo pelo fato de que este público exige e merece muita atenção e cuidado. Dessa forma, considera-se ainda que o interesse pela área aqui estudada trouxe ponderações importantes, o que sugere avançar nos estudos da Psicologia Social do Esporte. Importa ainda dizer que o estudo aqui apresentado, também teve o propósito de despertar o interesse de leitores pela área da Psicologia do Esporte, área emergente da Psicologia.
Dessa forma, pôde-se dizer que os fenômenos psicossociais em destaque apresentaram uma influência benéfica da prática esportiva. Nas relações familiar e escolar, no cuidado à saúde, e no desenvolvimento pessoal. Principalmente em relação ao convívio social e autoconceito do infantojuvenil, visto que tais aspectos são característicos para esta fase do desenvolvimento humano.
Aguiar, L. (2015). Gestalt-Terapia Com Crianças. Teoria e Prática (3a. ed.) São Paulo: Summus.
Becker, B. J. (2000). Psicologia Aplicada à Criança no Esporte. Novo Hamburgo: Feevale.
Conselho Federal de Psicologia (2018). Revista Diálogos. Brasília: CFP.
Conselho Federal de Psicologia (2019). Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas (os) em Políticas Públicas do Esporte. Brasilia: CFP.
Lane, S. T. M. (2006). O que é psicologia social (22a. ed.). São Paulo: Brasiliense.
Lei nº 8.069 (1990, 13 de julho). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Senado Federal. Recuperado de
Miranda, R. & Bara Filho, M. (2008). Construindo um atleta vencedor: uma abordagem psicofísica do esporte. Porto Alegre: Artmed.
UNESCO (2013). Psicologia do Esporte. Brasília: Fundação Vale UNESCO. Recuperado de https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000224991. Acesso em 24 de setembro. 2019.
Rubio, K (2010). Psicologia do Esporte: teoria e prática. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Rubio, K., & Camilo, J. A. (2019). Psicologia Social do Esporte. São Paulo: Képos.
Scliar, M. (2007). História do Conceito de Saúde. Physis: Revista Saúde Coletiva, 17(1),29-41.
Silva, P. V. C., & Fleith, D. S. (2010). Fatores familiares associados ao desenvolvimento do talento no esporte. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, 3(4), 19-41.
Simões, A. C.; Junior, D. R. (1999). Psicossociologia Aplicada ao Esporte: Contribuição Para a Sua Compreensão. Revista Paulista Educação Física, 13, 88-97. N.esp.
Universidade do Contestado – UnC (2015). Manual de Metodologia Científica. Mafra: Universidade do Contestado.
Weinberg, R. S., & Gould, D. (2008). Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. Porto Alegre: Artmed.
APA – Ribeiro, M. M. O., & Silveira, K. (2021). Psicologia do esporte: fenômenos psicossociais da prática esportiva no desenvolvimento infantojuvenil. CadernoS de PsicologiaS, 2. Recuperado de https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/psicologia-do-esporte-fenomenos-psicossociais-da-pratica-esportiva-no-desenvolvimento-infantojuvenil/
ABNT – RIBEIRO, M. M. O.; SILVEIRA, K. Psicologia do esporte: fenômenos psicossociais da prática esportiva no desenvolvimento infantojuvenil. CadernoS de PsicologiaS, Curitiba, n. 2, 2021. Disponível em: <https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/psicologia-do-esporte-fenomenos-psicossociais-da-pratica-esportiva-no-desenvolvimento-infantojuvenil/>. Acesso em: __/__/____ .